Dia 22 de Junho de 2008, pelas 08h00, saímos da Quinta dos FF com direcção à Gare do Oriente. CaJo San e a Aspirante Helena.
Eu ia disfarçado de Francisco Augusto. Levávamos os calções e os ténis, porque o resto era suportado pela organização:
- T-shirt e Capacete, já previamente levantados no Pavilhão de Portugal na semana anterior, Bicicleta, Mochila (Chave sextavada, bomba para encher pneus, pequeno pacote com toalhetes, 2 garrafas de água de ¼ L, 1 barrita, saco de água).
Chegámos à Gare do Oriente por volta das 08h45. Havia pessoas por todos os lados, à procura de fila que tivesse menos gente, a fim de entrar nos autocarros da Carris postos à disposição para o transporte para a margem sul da ponte Vasco da Gama.
Junto aos autocarros era dado a mochila, depois de apresentada a T-Shirt com o capacete e o dorsal. Sem dorsal não era possível continuar, que foi o que aconteceu à Ana Rolo, amiga e colega de trabalho da Aspirante Helena.
Embarcámos. Entrámos na ponte Vasco da Gama e depois de dar a volta junto às bombas de combustível da margem sul, fomos deixados junto a um dos muitos blocos de bicicletas que já se encontravam encostadas junto às protecções da ponte. Eram perto das 10h00. O passeio de 14 Km iria começar pelas 11h30.
Já se encontrava bastante people em cima da ponte. Se bem que os capacetes fossem todos iguais, Verde e Brancos (Skoda), o mesmo não se podia dizer das biclas. Eram de várias cores. Tinha a ver com o patrocinador. Pretas (EDP), Azul Verde e Branca (CGD), Verde e Branca (BES), Verde mais escuro e Branca (Skoda), Vermelha e Branca (CTT), e outras.
Todas tinham os pedais recolhidos e era necessário puxá-los para baixo para ficar na posição certa. Mas não se podia abusar deles, senão podia acontecer-nos o que sucedeu a um participante que exigiu demais dos pedais da sua bicla e surpresa, partiu, e o rapaz bateu com as bolinhas no selim. Porra, até a mim me doeu, só de vê-lo.
Pequenas afinações, como subir o selim, encher os pneus, verificar os cabos dos travões, eram normais, tal como era normal aparecer uma série de indivíduos a quererem trocar as bicicletas, porque não gostavam da côr que lhes tinham calhado.
O sol mordia-nos a pele, porque não podíamos sair dali, e sombras só mesmo a dos candeeiros de iluminação da ponte. “Helena chega-te para a frente, que o sol está a dar-te no pescoço”.
Depois de hora e meia de seca e de ver passar autocarros, o pessoal VIP que chegou bem mais tarde e foi lá para frente, as pessoas que passavam em sentido contrário e buzinavam, numa atitude de apoio, o helicóptero que não nos deixava, lá começou a dita cuja. Muito lentinho, mais parecia que íamos de skate, porque um pé ia no pedal e o outro a empurrar. Eramos muitos, perto de 8500.
Parei umas 10 vezes, para compor o selim que baixava constantemente. Se a bicla não era para o meu tamanho, imaginem como é que eu pedalava. Para poder ir na roda pedaleira do meio, tinha que segurar o punho esquerdo.
Mesmo em baixa velocidade, vimos as situações mais caricatas. Pessoas que chocaram umas com as outras, as bicicletas estavam mesmo encaixadas uma na outra. Quedas aparatosas. Mas uma coisa é certa, havia sempre apoio, além dos outros participantes, tinham o INEM, de várias formas, moto 4, ambulâncias, era a GNR, era a Prossegur.
Pena foi a ausência de um abastecimento de água pelo menos. O inicio da prova era às 11h30. Estivemos cerca de 01h30 a 02h00 em cima da ponte, à torreira do sol, com ½ L de água.
Fez-se bem. A Aspirante Helena só se queixava que as rodas estavam tão empenadas, que a bicicleta estava a andar mal, porque os travões roçavam nas rodas. Uma subida atrás da outra. Depois era só rolar, também não podíamos ir mais depressa. A prova terminava junto ao pavilhão de Portugal. Chegámos por volta das 13h00.
Foi gira a participação. Se em anos posteriores conseguirmos irmos mais, até se torna engraçado, porque rimos com satisfação e fartura das situações que vimos, inclusive, pessoas que fizeram o passeio sempre a pé levando a bicicleta pela mão, seria para não a estragar?, um zéquinha que ia montado numa bicla e levava outra pela mão. Foi logo apanhado pela Prossegur. “Tava ali encostada e eu pensei…”
É tudo, Sou um ganda chato.
Todas as fotos neste link.
Mai nada. Descobrimos que o Cajo San tem veia de escritor, além de pregoar "onde é a paragem da camioneta", sim senhor, tás em grande e a Aspirante Helena tá a tomar o gosto, continua, gostamos do que estamos a assistir, um espectaculo.
ResponderEliminarContinuem pois só faz é bem e bronzeia um pouco, ehehehe.