PAPA TRILHOS - HÁ 17 ANOS A PEDALAR COM A NATUREZA. GALA PAPA TRILHOS 2024 - 14 DE DEZEMBRO - INSCRIÇÕES ABERTAS. PASSEIO INFORMAL DE ANIVERSÁRIO PAPA TRILHOS - 24 DE DEZEMBRO - 08.30H, PARQUE DAS LAGOAS.

Papa Trilhos® - Fernão Ferro/Seixal

Os Papa Trilhos surgiram a partir de um grupo de amigos que têm em comum o gosto pelo BTT e cujo o lema é "Pedalar com a Natureza".

Aos domingos de manhã alguns elementos da equipa e outros amigos juntam-se para ir pedalar. Por isso se também quiseres ir pedalar, aparece no Parque das Lagoas de Fernão Ferro/Seixal (largo das festas populares - GPS 38,557800º -9,091630º), aos domingos, 08.00h (horário de verão), 08.30h (horário de inverno). Vê a mensagem de
"Ponto de Encontro" publicada todas as semanas onde são agendadas as voltinhas e passeios dessa semana. Uso obrigatório de capacete.
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quinta-feira, 10 de dezembro de 2009

2009-11-14 Pelas estradas de Alcochete

Reportagem por Edgar

São 8h09 numa bela manhã fria de Outono. Encontro-me à porta do Mimosa San, ainda sentado ao volante do meu automóvel com a fiel companheira de duas rodas ainda montada no suporte no tejadilho. Cheguei cedo. A hora de encontro combinada era às 8h30. Enquanto aguardo dentro do carro, o meu olhar deriva pela paisagem circundante.

Os pisos molhados prestam testemunho da chuva caída durante a noite e o céu coberto por nuvens cinzentas oferece uma promessa de novos aguaceiros que não viria a concretizar-se ao longo da manhã. Ao de longe vejo Palmela e o relevo enublado do Parque Natural da Arrábida, e contemplo com entusiasmo o prospecto de um passeio pelas encostas das suas serras e o desfruto de um cenário de vales verdes e nuvens rasgadas pelos cumes montanhosos. Mas esse passeio não será para esta manhã.

O passeio combinado para este dia será por estrada, um treino de preparação para o longo percurso do Tróia-Sagres. Já falta menos de um mês para este célebre passeio anual, cuja data este ano coincidirá com o meu aniversário, e apesar de aguardar ansiosamente a minha estreia pelas estradas do Alentejo rumo ao Algarve sinto que não possuo ainda a preparação física necessária para tal empreendimento. Durante as próximas 4 semanas terei de treinar com afinco no sentido de aumentar a minha resistência. Hoje irei ter essa oportunidade.

O tempo voa sem dar por isso. Já são 8h35 quando o Mimosa San aparece à porta. Após uma rápida troca de cumprimentos ele revela os detalhes da volta planeada para hoje. O objectivo é Alcochete e as terras circundantes. Seremos um grupo pequeno, de apenas 4 pessoas. Arrancamos os dois em direcção à estação de serviço da BP perto da casa do Mimosa San, onde o Tó Zé San e o Rui San em breve irão encontrar-se connosco. 10 minutos depois o grupo está completo. Abalamos todos juntos em direcção à Penalva. O Mimosa San é o guia desta volta e leva-nos em direcção à Moita, passando pela Fonte do Feto e pelo Cabeço Verde. Impõe-se desde cedo um ritmo rápido, sempre acima dos 20 Km/h, aproveitando a inclinação favorável desde o Cabeço Verde até à Moita para elevar acima dos 30 Km/h. Rapidamente senti as vantagens dos meus novos pneus slick 1.25, adquiridos há uma semana atrás, em piso de alcatrão. Este andamento manter-se-ia ao longo de toda a volta, com alguns intervalos de ritmo mais moderado para facilitar que eu, o elemento menos experiente, recuperasse do esforço investido. Chegados à Moita, e de modo a evitar o trânsito na estrada, desviamos em direcção ao Rosário e deste seguimos até Sarilhos Pequenos, apanhando o atalho que passa pelo bar Vela Latina junto ao rio para chegar a Sarilhos Grandes. Aqui novamente apanhamos a estrada principal e
seguimos em direcção ao Montijo. Por volta das 10h00 chegamos à entrada do Montijo. Sucede então aquele que seria o único percalço decorrido durante este passeio: um pneu furado na roda dianteira da bicicleta do Mimosa San. Equipada com pneus de estrada, e tendo trazido por lapso uma câmara de ar para pneus btt, o Mimosa San é forçado a remendar a câmara de ar. Receando que o remendo não suporte a pressão elevada do pneu de estrada, o grupo decide parar de caminho na loja de bicicletas Mais Pedal no Montijo para que o Mimosa San possa comprar uma câmara de ar adequada. Por sorte, o remendo viria a aguentar o caminho todo não tendo sido necessário proceder à troca.

Retomando o nosso caminho, em breve entramos em Alcochete. Enquanto desfruto da beleza arquitectónica da zona antiga desta característica vila portuguesa, plantada junto ao Rio Tejo, ganho consciência da principal desvantagem dos pneus de estrada. Com o seu perfil baixo e a sua pressão elevada, todas as imperfeições das ruas empedradas do centro de Alcochete são-me transmitidas pelas vibrações da bicicleta. Após esta breve incursão por dentro da vila, passamos pelo Freeport para apanhar a estrada para Pegões. Poucos quilómetros depois, chegamos à rotunda da Estrada Nacional 4, que liga a Atalaia a Pegões. Decidimos não seguir nenhum destes sentidos, optando por enveredar por uma estrada paralela à Auto-Estrada A12 para em seguida entrar na Estrada Nacional 5 em direcção a Rio-Frio. Chegados a Rio-Frio, viramos em direcção à Lagoa da Palha e à entrada desta localidade prosseguimos rumo ao Pinhal Novo.

À saída do Pinhal Novo fazemos uma breve pausa para que o Mimosa San possa ajustar os seus travões. Desde o início do passeio que um dos discos está continuamente a roçar numa das pastilhas, travando constantemente a roda ao longo dos mais de 50 Km percorridos até então. Resolvida a questão, arrancamos em direcção à Quinta do Anjo, passando pelo cruzamento com a Estrada dos Restauradores de Palmela, situado à saída dos Olhos de Água e à entrada para a Lagoinha. Nova paragem logo à frente, para reabastecer de água os nossos cantis na fonte situada a seguir a este cruzamento.

Sendo quase meio-dia, optamos por não prolongar muito mais a volta e cortamos em direcção à Quinta da Marquesa e à Auto-Europa, passando pelo Bairro da Assunção no regresso à casa do Mimosa San. O Mimosa San e eu terminamos assim o nosso passeio, por volta do meio dia e meia, com cerca de 68 Km percorridos, aos quais o Tó Zé San e o Rui San já tinham somado meia dúzia ao vir ao nosso encontro e iriam somar outros tantos no seu caminho de regresso a casa.

E assim se passou mais uma agradável manhã a pedalar por campos verdes na companhia dos Papa Trilhos. Para terminar o dia em beleza, só faltava regressar a casa e arrumar o material, tomar um belo duche quente, almoçar bem e redigir esta reportagem. Com um sorriso nos lábios, pondero no que irei escrever durante o caminho para casa...

Participantes: Mimosa San, Tó Zé San, Rui San e Edgar

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