Pelos trilhos das Oliveiras - 2011-04-02 - 42Km

No 1º fim de semana de Abril, 2 Papa Trilhos foram em turismo por umas das aldeias de Xisto de Portugal. Foi na aldeia das Oliveiras e optámos por pernoitar durante 2 noites e explorar os trilhos das redondezas. As Oliveiras é uma aldeia beirã com casas de xisto, bem no coração do interior português, a poucos quilómetros das praias fluviais do Malhadal, de Fróia e da Aldeia Ruiva. Fica a maio caminho entre Proença-a-Nova e Castelo Branco, e onde somente habitam 12 pessoas. Na Aldeia de Xisto propriamente dita. apenas 1 pessoa habita em permanência. Enfim, um pequeno paraíso silencioso para descomprimir dos dias azafamos das grandes cidades.

Mas falando da voltinha, começámos a pedalar já com a manhã bem avançada. O dia, embora um pouco nebulado, não previa o que os metrologistas ameaçavam, ou seja, alguma chuva. Depois de preparados os pequenos detalhes e devidamente equipados conforme mandam as regras, saímos da aldeia das Oliveiras, com o objectivo de irmos pelo meio da serra, seguindo a ribeira da Froia, que dá nome à praia fluvial local, até desaguar, no rio Ocreza, que depois encontrará o Rio Tejo.

Mas nós não iríamos até ao Rio Tejo. Pelos trilhos da serra, fomos descobrindo paisagens muito bonitas. Num sobe e desce constante contornando o vale, fomos encurtando o caminho até à Foz do Cobrão. Pelo caminho descemos até junto da margens da ribeira, para as bikes sentirem o frio das suas águas. Momento registado em foto a condizer.

Continuámos o nosso percurso, até Sobral Fernando, separado da Foz do Cobrão pelo Rio Ocreza. Aqui estaríamos na cota mais baixa, pelo que os kms seguintes seriam sempre a subir. Fomos à descoberta de um dos Geoparks da Europa, o Naturtejo.

Seguimos o trilho principal, com vários miradouros, onde, além de avistarmos a praia fluvial da Foz do Cobrão, também tínhamos vista sobre uma das atrações deste Geopark,  as Portas de Almourão, que corresponde a garganta do rio Ocreza.

Continuando o caminho, seguimos até a aldeia de Carregais, e já em alcatrão, subimos até à aldeia do Carregal. Durante esta estrada, S. Pedro visitou-nos e não nos privou de uma pequena molha, o que nos veio arrefecer e dificultar esta parte da nossa aventura.

Mas não durou muito tempo. Já com o pensamento nas Oliveiras e do esperado banho quente, seguimos pela EN233, com alguns trilhos pelo caminho. Passámos por Pena Falcão até que finalmente avistámos a ponte da Froia.

Apenas estávamos separados da aldeia das Oliveiras por uma subida final. Chegámos à "nossa" casa de xisto, depois de 42Km e 1047m de acumulado, num passeio turistico bastante reconfortante pela exigência física, mas principalmente, pelas belíssimas paisagens da região e suas gentes. Terminámos com a foto de grupo a 2, com o orgulho de representarmos os Papa Trilhos nestas bandas.

Mais fotos, no albúm deste passeio.