A presente reportagem foi enviada pelo Pedro no dia 30 de Dezembro, que por motivos de indisponibilidade do mesmo, só agora foi elaborada. De qualquer forma, julga-se que a publicação da mesma é sempre uma mais valia para os conteúdos do site, apesar do atraso.
Num dia de fazer inveja, o sol radiava com tal intensidade que só pelas temperaturas mais baixas seria possível afirmar que estávamos a três semanas do Inverno. Após os pontos de encontro, cumprindo os horários, saímos pela N10, em direcção a Azeitão. Logo a seguir ao cruzamento com a Avenida de Negreiros, abandonamos o asfalto e lá fomos pelos trilhos e estradões à mistura. Já com o cheirinho apelativo das “nossas” pastelarias, conseguimos resistir à tentação e virámos à direita, para depois metermos por umas estradinhas escondidas que desaguavam na estrada para Casais da Serra.
Aqui, optou-se por meia dúzia de quilómetros em asfalto, onde entramos depois para a zona do Xico das Saias. Quando íamos mesmo a chegar ao cruzamento para "papar" este trilho, eis que continuámos em frente e passámos-lhe ao lado, onde tomámos a direcção da Comenda. Neste troço, foi possível desfrutar um pouco (pouquinho) de BTT mais radical, pelo menos para os que decidiram fazer umas passagens por umas poças que mais pareciam lagos, onde os pezinhos tinham de mergulhar na laminha. Após os primeiros terem usufruído de uns belos banhos de lama para os pés - dizem que faz rejuvenescer - surgiram alguns Papa Trilhos que não apresentavam sinais exteriores de sujidade, pelo que se conclui que estes caminhos tinham alternativas.
Depois, foi curtir o maravilhoso trilho até à Comenda, com paragem para os já tradicionais (re) abastecimentos.
Agora, de barriguinha aconchegada, e com uns minutitos de conversa e descanso, toca a pedalar até Setúbal, com a subidinha a três tempos: um troço em Asfalto, um primeiro lanço de terra batida, onde cruza com outros estradões num cruzamento que parece um aranhiço e, a final, que não é mais que a continuação da anterior... Neste aranhiço, deu ainda para visitar um troço com uma vista magnífica sobre Tróia. Ainda na zona mais alta, a foto de grupo, com o Fernando a aplicar variadas técnicas de física mecânica para equilibrar e apontar o telemóvel a partir de uma caixa de correio. Já no que diz respeito à física óptica, aqui houve um trabalho artístico, em deixar que a caixa de correio tapasse um pouquinho da imagem, mas sempre respeitando as simetrias.
Atravessada a cidade de Setúbal, não podíamos deixar a oportunidade de subir a nossa amiga Cobra. É então que surge um desafio do Ricky, dirigido ao Pena: Subir em 3x6.
Enquanto o Pena aplicava as teorias da melhor relação para obter o 3x6 e efectuava toda a panóplia de validações necessárias à protecção da bicicleta, o convite é ainda estendido para mim, que não precisei de grandes teorias para ver que 3x6 era "um bocadinho muito".
Após negociação, a fasquia desceu para 3x3, mas mesmo assim, à primeira oportunidade, os convocados fugiram pela estrada romana, respondendo então ao convite anteriormente lançado pelo Fernando. Então, o quarteto formado pelo Fernando, Pena, Zé e eu, lá fomos pela paralela à cobra, pelos vestígios remanescentes da romanização, conseguindo assim evitar um desgaste suplementar aos nossos carretos 3x6 (ou 3x3...). Nas zonas mais degradadas pelas intempéries, apenas o Fernando se aguentou sem pôr a pata na poça, que é como que diz, sem ir com o pé ao chão.
Após a comprida subida, foi o regresso até casa, pelo percurso habitual, navegando em direcção à Macro. Já no final deste troço, em asfalto, mais um sprint para os estradistas, com o Ricky, Mimosa e Pena a protagonizarem a fuga. No final, a distribuição dos vários elementos, pelas direcções às casas de cada um.
Participantes: Riky, Mimosa, Gina, dupla Carlos e Vera, Pena, Lapa, Zé Luis, Ivo, Camionista, Zé, dois visitantes e eu (Pedro).
Espero que treinem, para a próxima me acompanharem 3x6 não custa nada.eheheh
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