Faltavam 5 minutos para as 08h00 da manhã, de um domingo com algum vento e algo coberto por nuvens, que não deixavam que a temperatura subisse. A Helena e eu (Cajo) chegávamos ao Parque das Lagoas…. espanto, espasmo, surpresa. Estava no meio de nós, como que a beber alguma coisa que embriaga, e muito. Sim, era o Paulo Alex San. Tinha um sorriso que chegava até às orelhas. Ele queria que todos o vissem, quase que se pavoneava, tal era o contentamento. Acho até que se fosse “um cão, teria a cauda abanar”. Gostei, gostei e muito de o rever no nosso meio, apesar de ainda não estar recuperado na totalidade, mas fez-me sentir bem com a sua presença.
Não menos importante, foi o aniversário da minha jeitosa, que ao completar…. primaveras, um dos seus desejos de aniversariante, era ir pedalar. E pronto, foi. Fomos. Fomos todos.
Fomos então até à Galp na Quinta do Conde onde nos esperavam mais uns quantos Papa Trilhos. Não sei quantos éramos, mas quando consultar a foto de grupo, digo quantas rodas e vocês, caros leitores, tirarão as ilações devidas. Arrancámos pela estrada da Makro e assim que passámos a bomba de gasolina, virámos à direita, passando pelas traseiras de uns armazéns, com direcção a Cabanas. Assim que entrámos em Cabanas virámos à direita e toca de subir, subir, subir em direcção ao cai de costas.
O Shor Ricardo levou-nos por ali, só para me castigar, porque eu queria acompanhar o Paulo Alex que nos deixou na Quinta do Conde, indo fazer somente estrada. Ainda não se encontra recauchutado para as voltas na Arrábida. Ia ser muito mais soft. Azarito! Virámos à esquerda para os moinhos, mas descemos para Palmela e juntámo-nos no jardim. Na rotunda, esquerda em alcatrão com direção a Setúbal. Quando nos estava a saber bem descer, há que virar à direita e começar a subir para o bairro da GNR. Descemos novamente e virámos à esquerda como se fossemos para a Autoestrada, mas fomos ver as obras novas que estão a executar do outro lado, as ligações do IC32. Tomámos o rumo do Pinhal Novo e ironia do destino, não é que parámos na pastelaria de sempre para um reforçozito.
Agora a direcção era Poceirão. Fizemos um bocadinho do trajecto que iremos fazer em Ago/Set12, quando fizermos as ciclovias, até Badajoz. Mas só um bocadinho, porque virámos logo à esquerda, indo junto à linha do comboio até Penalva do Castelo. Por estes lados a Dora lembrou-se que precisava de cair, talvez para descansar um pouco e “vou cair, vou cair, vou cair", pausadamente e três vezes gritou, escolheu o sitio e suavemente deixou-se tombar sobre o solo fofo. Ela é uma espertalhona. O rapaz Félix stopiou de imediato a sua bicla em auxilio da sua companheira. Foi quase pior a emenda que o soneto, porque o Sr. Félix ia provocando mais quedas com a sua paragem repentina mesmo no meio do caminho.
Parámos junto à Escola e à Igreja de Penalva para tirarmos a foto de grupo. Ainda discutíamos porque é que os badochas apesar de não terem a fisionomia de alguns e de terem uns quilitos a mais, também têm direito a curtir como os “corpinhos Danone” e a viver a vida à nossa maneira e a andar de bicicleta por esses campos fora.
Gostava ainda de saber quem tirou os refletores das rodas da bicicleta do Lorival e conseguiu lhas colocar dentro da bolsa dele, se eu o apanho. Isso não se faz. Andava o rapaz a guardá-las para os netos. Ele é tão poupadinho. E ainda por cima o Ricardo queria pagar um café a quem fez tamanha tramoia. Estou a brincar, claro, mas ele afina.
Fomos em direção ao fetiche do Ricardo, passar a pequena ponte de madeira, já perto da Quinta do Conde, onde nos despedimos e uns ficaram. Rumámos a Fernão Ferro, não sem passar na colmeia e saborear uma “Min” fresquinha. Estava mesmo a pedir.
O Paulo Alex tinha feito cerca de 32 Km, estrada. Correu bem e vai continuar a estar. A Bela do Mário não nos acompanhou por se encontrar de baixa. As costelas dela são menos duras que a omoplata do Mário. Melhor sorte para a próxima e as melhoras.
Ah, já me esquecia “Vivam os badochas”.
Fizeram parte deste passeio domingueiro:
A Dora e Félix, Marlene e Paulo Alex, Sandra e Nelson, Isabel e Carlos Prazeres, Ricardo, Ni, Fernando Vitor, Jorge Nunes, Amaro, Dias, Quimbikes, Fernando Lapa, Rui e Rui, Mário e tio, Lorival, Helena e eu. Espero não me ter esquecido de ninguém, desculpem se o tiver feito.
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