Depois de uma semana molhada, as expectativas para a voltinha domingueira não eram animadoras, mas os senhores e senhoras do tempo prenunciaram-se e deliberaram que a manhã de domingo estaria praticamente ausente de chuva, pelo menos para esta zona. Houve pessoal que não acreditou e precaveu-se com uns utensílios de vestuário impermeáveis. Mas mesmo assim o grupo foi bem composto, com saída do Parque das Lagoas e reforço de rodas na Quinta do Conde. Pela aritmética do Feliz, apesar de ele ter-se baldado hoje, contavam-se 22 rodas.
Como seria previsível que a Serra estaria com mais lama que o habitual, o guia, após auscultação do grupo pedalaste, orientou o pelotão para uma voltinha mista. Seguimos para Azeitão, infelizmente sem paragem nas tortas, Qta da Califórnia, sem paragem no moscatel, trilho das raízes e descida do paraíso. Seguimos depois até à Estrada dos Picheleiros, mas só durante poucos metros, pois mais à frente virámos para a tão solicitada subida da Morena. Uns passaram pela ponte, mas um Papa Trilho, destemido e dando exemplo de coragem passou o ribeiro, numa incursão no desconhecido, sem qualquer previsão de profundidade ou corrente. Mais ninguém lhe seguiu o exemplo. Mas voltando à subida, se alguém estava com frio, ficou curado.
Descemos depois até ao Vale da Rasca e em vez de seguirmos pela estrada principal, fomos pela estrada antiga, serpenteando as casas típicas da aldeia que até parecia parada no tempo, tal era a calmaria! O destino estava traçado e seria a passagem pelo Portinho. Para esticar um pouco as pernas, fizemos uns poucos Kms em alcatrão. Na abordagem ao Portinho apreciavam-se as vistas, pois apesar do vento, o mar estava calmo brindado com o reflexo do sol, assemelhando esta magnifica baía aos postais das Caraíbas.
A foto de grupo neste local era indiscutível, mas o que se seguia era uma bela subida. Antes ainda tentámos sensibilizar alguns motards para a uma boleia, amigos do Vitor Rebelo, mas fomos obrigados a seguir também em 2 rodas, mas sem motor.
Fizemos a interminável subida do Solitário (as coisas que se aprende no Strava!). Eram 2,3Km até ao cruzamento da Estrada da Arrábida. O pelotão esticou-se um pouco, mas lá em cima retemperámos forças e seguimos para o trilho do Vale. Antes da entrada no trilho o grupo separou-se, os que não queriam sujar a bike foram por alcatrão; os que ainda estavam a precisar de tratamento de lama (efeitos psicológicos que um BTTista não consegue explicar), seguiu pelo trilho. E prometido cumpriu-se... bastantes poças de água, uns quantos aglomerados de lama que se transfiram em jeito de estampagem para o equipamento (só de alguns!) e para as bikes!
Chegámos por fim ao estradão de Casais da Serra para depois atravessarmos em direcção ao Estradão da Qta do Perú a partir da Maçã. O acumulado e o vento já começavam a fazer efeito como se de um fármaco se tratasse. Mas com um efeito estranho, que diminuía a transferência de potência para as pernas. Houve até quem evocasse o recente dopping mecânico de uma atleta Belga - Femke Van den Driessche, no campeonato de mundo na Bélgica. Que jeito faria!
Mas na ausência desta, temos de confiar nas nossas perninhas. Fizemos o estradão da Qta do Perú e depois de mais uma separação do restante grupo, uns seguiram para a Qta do Conde e outros de regresso ao ponto de partida, Fernão Ferro. Acumulámos 55Km, ultrapassando os 900m de acumulado positivo. Para a semana há mais... pelo menos assim esperamos!
Nao foi un que passou o ribeiro ,pois eu tbm o fiz ...
ResponderEliminarOlá Kim, as minhas desculpas. Afinal foram 2! eu como já estava a subir não vi se mais alguém tinha seguido as minhas rodas :-)
ResponderEliminarMas que volta fantástica!!!!! O guia está de parabéns :D
ResponderEliminarPara a semana, venham mais destas!
Assina: O morto!
Pois... devias ter vindo fazer os últimos kms em vez de teres feito agulha por estrada. Perdeste o tratamento de lama!
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