Madrugámos... ainda nem os passarinhos cantavam, já estávamos no Parque das Lagoas a arrumar as nossas bikes no autocarro. Com mais ginastica que o habitual, aconchegámos as bikes e saímos em direcção a Alvalade do Sado. Contávamos com uma participação generosa, com 26 pedalantes, alguns repetentes, mas também algumas caras novas que iriam-se aventurar neste mítico raid por terras Alentejanas.
Depois de toda a logística tratada, fomos para o local de partida, cujo o inicio estava anunciado para as 09h. Entre alguns discursos da praxe, foi-nos dito que estaríamos cerca de 3.000 participantes. Realmente a moldura humana era bastante interessante e sem grandes atrasos iniciámos os prometidos 70Km até Porto Covo.
Os primeiros kms foram bastante rolantes, sem dar para grandes aventuras, pois o pelotão ainda estava um pouco denso. Com o acumular de distância, lá fomos dispersando e a bom ritmo seguimos ao 1º abastecimento que seria cerca do km 28 na aldeia de Bicos. Abastecimento simples mas com abundância, parámos um pouco para restabelecer forças, comer alguma coisa e enchermos os bidões.
O próximo abastecimento seria a mítica paragem junto à barragem para a sandes de carne assada. Até lá foi sempre muito rolante, sem grandes dificuldades. Subidas nem vê-las, tirando uma ou outras bastante curta. Estávamos no km 44 quando chegámos à barragem. Lá, estavam à nossa espera os nossos acompanhantes que entre fotos e palavras de incentivo, transmitiam a motivação para continuarmos. Aqui a paragem foi um pouco mais longa, pois a obrigatoriedade da sandes de carne assada assim o exigia.
Ainda tivemos tempo para a imprensa presente.
A partir daqui, teríamos as 1ºs subidas, mas já faltavam menos de 30Km até Porto Covo. Continuámos e a seguir ao Cercal teríamos a subida do raid. Não era tão exigente como em outras edições, mas mesmo assim era necessária alguma concentração e força nas pernas chegarmos lá cima.
Depois... bem, depois foi sempre a descer. Uma descida mítica em single track que vai desaguar ao single da Amazónia. A descida era tão grande tínhamos de controlar bem a travagem e até fazia as mãos dormentes de tanto travar. Na Amazónia, um pequeno congestionamento não permitia manter o ritmo, mas logo a seguir foi sempre a rolar até Porto Covo.
À chegada a Porto Covo, a ultima subida - curta, em alcatrão, mas que após 70Km a pedalar deixa a sua marca no raid. Cortámos a meta e estávamos prontos para o nosso piquenique.
Após o banho, armámos os nossos adereços e entre alguns salgados, frango assado e outros ingredientes, fizemos o balanço desta edição, cada um com as suas peripécias.
As verdades às vezes são ditas em pensamento...
Quem sabe não teremos novas Papa Trilhos...
Pronto Isabel, não fiques triste. Havemos de encontrar a tua bike.
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